"Sou uma mulher madura Que às vezes anda de balanço Sou uma criança insegura Que às vezes usa salto alto Sou uma mulher que balança Sou uma criança que atura" Martha Medeiros
sábado, 29 de agosto de 2009
"Ah vem cá meu menino,
Pinta e borda comigo
Me revista, me excita
Me deixa mais bonita
Ah vem cá meu menino,
Do jeito que imagino
Me tira essa canseira
Me tira essas olheiras
De esperar tanto tempo
A mudança dos ventos
Prá eu me sentir com forças
Prá eu me sentir mais moça
Ah! vem cá meu menino,
Pinta e borda comigo
Me revista, me excita,
Me deixa mais bonita
Ah! vem cá meu menino,
Do jeito que imagino,
Me tira essa vergonha
Me mostre, me exponha
Me tire uns vinte anos
Deixa eu causar inveja
Deixa eu causar remorsos
Nos meus, nos seus, nos nossos."
( Ivan Lins)
Quero uma primeira vez outra vez. Um primeiro beijo em alguém que ainda não
conheço, uma primeira caminhada por uma nova cidade, uma primeira estréia
em algo que nunca fiz, quero seguir desfazendo as virgindades que ainda
carrego, quero ter sensações inéditas até o fim dos meus dias. Quero ventilação,
não morrer um pouquinho a cada dia sufocada em obrigações e em exigências de
ser a melhor mãe do mundo a melhor esposa do mundo, a melhor qualquer coisa.
Gostaria de me reconciliar com meus defeitos e fraquejas, arejar minha
biografia, deixar que vazem algumas idéias minhas que não são muito
abençoáveis. Queria não me sentir tão responsável sobre o que acontece ao meu
redor. Compreender e aceitar que não tenho controle nenhum sobre as emoções
dos outros, sobre suas escolhas, sobre as coisas que dão errado e também sobre
as que dão certo. Me permitir ser um pouco insignificante. E na minha
insignificância, poder acordar um dia mais tarde sem dar explicação, conversar
com estranhos, me divertir fazendo coisas que nunca imaginei, deixar de ser tão
misteriosa pra mim mesma, me conectar com as minhas outras possibilidades de
existir. O que eu quero mais? Me escutar e obedecer o meu lado mais
transgressor, menos comportadinho, menos refém de reuniões
familiares,marido,filhos, bolos de aniversário e despertadores nasegunda-feira
de manhã. E também quero mais tempo livre. E mais abraços"...
( Martha Medeiros)
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Gosto quando te calas porque estás como ausente,e me ouves de longe, minha voz não te toca.Parece que os olhos tivessem de ti voado e parece que um beijo te fechara a boca.
Como todas as coisas estão cheias da minha alma emerge das coisas, cheia da minha alma.Borboleta de sonho, pareces com minha alma,e te pareces com a palavra melancolia.
Gosto de ti quando calas e estás como distante.E estás como que te queixando, borboleta em arrulho.E me ouves de longe, e a minha voz não te alcança:Deixa-me que me cale com o silêncio teu.
Deixa-me que te fale também com o teu silêncio claro como uma lâmpada, simples como um anel.És como a noite, calada e constelada.Teu silêncio é de estrela, tão longinqüo e singelo.
Gosto de ti quando calas porque estás como ausente.Distante e dolorosa como se tivesses morrido.Uma palavra então, um sorriso bastam.E eu estou alegre, alegre de que não seja verdade.
(Pablo Neruda)
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas....
que já tem a forma do nosso corpo....
e esquecer os nossos caminhos que sempre nos levam a nós mesmos....
lugares...é o tempo da travessia....
e se nao ousarmos faze-la...
teremos ficado para sempre .... á margem de nós mesmos.
(Fernando Pessoa)
Nao fuja do tempo,
encontre-se com ele.
bata de frente.
Faca perguntas, nao fuja.
Se esclareca no tempo.
Nao fuja do seu tempo,
ele passa,
corre.
O tempo sempre tem pressa,
nem sempre conseguimos o acompanhar,
e por isso fugimos.
Fugimos de nosso tempo,
fugimos de um tempo que se foi,
preso na parede, empoeirado.
Nao fuja do tempo o acompanhe,
bata um papo com ele, sente junto,
divida uma cerveja e o faca amigo.
O tempo nem sempre é quem imaginamos,
nem quem queremos que ele seja.
Nao adianta fugir,passar,correr.
A solucao é deixar o tempo ser.
( Mônica Rennée)
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Meus olhos te viram triste
Olhando pro infinito
Tentando ouvir o som do próprio grito
E o louco que ainda me resta
Só quis te levar pra festa
Você me amou de um jeito tão aflito
Que eu queria poder te dizer sem palavras
Eu queria poder te cantar sem canções
Eu queria viver morrendo em sua teia
Seu sangue correndo em minha veia
Seu cheiro morando em meus pulmões
Cada dia que passo sem sua presença
Sou um presidiário cumprindo sentença
Sou um velho diário perdido na areia
Esperando que você me leia
Sou pista vazia esperando aviões
Sou o lamento no canto da sereia
Esperando o naufrágio das embarcações.
( Vander Lee)
Olhando pro infinito
Tentando ouvir o som do próprio grito
E o louco que ainda me resta
Só quis te levar pra festa
Você me amou de um jeito tão aflito
Que eu queria poder te dizer sem palavras
Eu queria poder te cantar sem canções
Eu queria viver morrendo em sua teia
Seu sangue correndo em minha veia
Seu cheiro morando em meus pulmões
Cada dia que passo sem sua presença
Sou um presidiário cumprindo sentença
Sou um velho diário perdido na areia
Esperando que você me leia
Sou pista vazia esperando aviões
Sou o lamento no canto da sereia
Esperando o naufrágio das embarcações.
( Vander Lee)
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
domingo, 2 de agosto de 2009
Tem dias que minha alma foge,explode.
Tem dias que minha alma cala,
se esconde.
Minha alma corta lebrancas,espalha,
me trai.
Minha alma corre com o tempo,horas.
Tem dias que minha alma quer ir ,
nao me leva,parte.
Minha alma grita....
me tira o ar,a paz.
Tem dias que minha alma se esconde de mim.
Tem dias ... horas ...
Minha alma nao me toca,
Como calar, esconder, se alma diz o contrário.
Minha alma quer seguir....
Minha alma.
( Mônica Renneé)
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