"Sou uma mulher madura Que às vezes anda de balanço Sou uma criança insegura Que às vezes usa salto alto Sou uma mulher que balança Sou uma criança que atura" Martha Medeiros
domingo, 29 de novembro de 2009
domingo, 22 de novembro de 2009
Nó
Estou perdidamente emaranhada
em seus fios de delícias e doçuras.
Já não encontro o começo da meada,
não sei nem mesmo
se há uma ponta de saída,
ou se a loucura
vai num ritmo crescente
até subjugar a minha vida.
Não importa.
Quero seus nós de seda
cada vez mais cegos e apertados
a me costurar nas malhas e nos pêlos.
Enquanto você me amarra,
permanece atado
na própria trama redonda do novelo.
(Flora Figueiredo)
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
"Nao me deixe fazer tanta questao,
de me expor , mostrar a minha solidao.
Nao me faca ouvir ladainhas,enredos,
delirantes mentiras.
Me deixe aqui nesse ponto.
Quero continuar minhas buscas,
nelas nem sempre vc está.
Estou aqui sem freios...
Numa velocidade brutal de vida...
Devaneios,sonhos,recordacoes...
Me deixe aqui.
Preciso por um instante estar literalmente ligada a nada...
Vento, vento, brisa,delírios....
As vezes um pouco de falta de sanidade , nos faz bem a alma.
Me deixe aqui."
(Mônica Rennée)
terça-feira, 3 de novembro de 2009
As folhas caem a cada dia...
E com ela um pouco de mim também , retrai.
Minha estacao muda de forma metaforseante...
As folhas caem , trocam de forma espetacular.
Mas procuro os frutos da estacao passada,
onde ficaram?
E as flores?
Trocam tanto que misturo as minhas estacoes.
Chego na minha janela e literalmente as folhas caem e continuam seu ciclo,
uma nova estacao vai chegar.
Tudo é preparado cuidadosamente .
Reflito e sinto cada estacao.
Acompanho essa preparacao da natureza.
Minha natureza humana tenta aprender.
Preparar os caminhos
Abrir espaco.
A cada mudanca , cada estacao,
para cada estacao um aroma, cor e tempo(temperatura).
Para cada tempo sua história.
Para cada história , uma nova vida
(Mônica Rennée)
Quando eu cheguei tudo, tudo
Tudo estava virado
Apenas viro me viro
Mas eu mesma viro os olhinhos
Só entro no jogo porque
Estou mesmo depois
Depois de esgotar
O tempo regulamentar
De um lado o olho desaforo
Que diz meu nariz arrebitado
E não levo para casa, mas se você vem perto eu vou lá
Eu vou lá!
No canto do cisco
No canto do olho
A menina dança
E dentro da menina
A menina dança
E se você fecha o olho
A menina ainda dança
Dentro da menina
Ainda dança
Até o sol raiar
Até o sol raiar
Até dentro de você nascer
Nascer o que há!
Quando eu cheguei tudo, tudo
Tudo estava virado
Apenas viro me viro
Mas eu mesma viro os olhinhos.
(Menina Danca- Moraes Moreira)